segunda-feira, 1 de maio de 2017

Coração de mãe

Desde que terminei o doutorado (em fevereiro deste ano, mas isso é assunto para outro post...), estou prometendo voltar a alimentar meus blogs! Sempre esperando a vida entrar nos eixos (eles existem?), a tarefa foi sendo adiada... Mas hoje resolvi resolver a questão!

E para essa reestreia, escolhi falar do coração de mãe! Não que todas sejam iguais, nem que tenham o mesmo coração, mas acredito que a expressão "coração de mãe" traz em si a síntese da ideia sobre a qual quero falar...

Hoje Tatá chegou ao destino que será sua casa por, no mínimo, três meses (tempo do contrato de experiência). O máximo? Só a vida vai nos responder! Esse destino é a cidade de Londrina, no Paraná. Ela vai trabalhar em uma companhia de dança, o Balé de Londrina.

Desde que soubemos que ela ia, já respondi inúmeras vezes à pergunta: como você está se sentindo? E é isso que me faz pensar no tal coração de mãe.... Não existe um sentimento único que possa responder completamente a essa pergunta! Estou me sentindo muito feliz por ela ter conseguido um emprego remunerado na área de dança - o que uma minoria consegue - logo depois de se formar. Para quem trabalha com arte/dança, é quase um privilégio - infelizmente - poder trabalhar com o que gosta e ser remunerado por esse trabalho! Mas ao mesmo tempo dá uma tristezinha pensar que estaremos a mais de 500 Km de distância! É verdade que não é a primeira vez que estaremos morando longe (a distância já foi muito maior quando ela fez intercâmbio em Londres, por exemplo), mas ainda assim, o tal "coração de mãe" fica apertadinho....

Algumas pessoas também perguntaram: "você não vai sentir falta dela?" Uma pergunta completamente descabida para mim pois não consigo imaginar uma mãe que não sinta falta de um/a filho/a! Mas ok! Em algum lugar desse nosso planeta deve haver mãe(s) que não sentem a falta de um/a filho/a... Mas voltando à pergunta, é óbvio que vou sentir MUITO a falta dela!! Não só porque (quase) toda mãe sente falta de um/a filho/a, mas porque além de filha, Tatá é minha companheira para muitas coisas da vida! 

Assim como um copo de água pode estar meio cheio ou meio vazio, meu coração de mãe se alterna entre a alegria e o orgulho de ver a filha crescida traçando seu próprio caminho e a vontade de voltar o tempo e fazer ela ficar pequenininha e caber no meu colo!

"Passarinho de mamãe avoa, avoa..." mas saiba que seu lugarzinho no ninho estará sempre guardado!!!